segunda-feira, 4 de junho de 2018

Marrocos - confesso, eu não gostei !


Na internet é difundida a imagem que todas as viagens são maravilhosas. Corre tudo bem e são ainda mais fantásticas do que imaginámos. Mas na realidade, nem sempre é assim. 

Eu estive a primeira vez em Marrocos no ano passado e não foi uma viagem assim tão fabulosa quanto idealizado. Foi a minha primeira viagem organizada por uma agência de viagens, o que só por si podia ser fascinante... mas não. Nem essa parte correu bem. 
Entretanto, já percebi que (quase) toda a gente adora Marrocos, adora o calor, as cores, o artesanato e as pessoas, e que provavelmente eu é que sou de outro planeta. 
No entanto, decidi escrever este post com a minha perspectiva de Marrocos, tendo por base, obviamente, a minha experiência.
O meu objetivo não é dizer mal de Marrocos nem dos marroquinos, mas expôr, com base na minha experiência em Marrakech e Agadir, o que eu não gostei na minha viagem. 



- Super simpáticos e atenciosos
Os marroquinos não são um povo genuinamente simpático e atencioso (facada). Grande parte das vezes que são simpáticos com os turistas é para pedir algo em troca. Inclusivé, enganar turistas. "Ah e tal, isso é assim em todo lado!" Não. E não é assim em todo lado. 
Em conversa com um funcionário de um restaurante sobre esta forma pouco ética de conseguir dinheiro, ele respondeu-me que na Europa, nem tínhamos tempo para parar e ajudar as pessoas. Não sendo isto verdade e vivendo em Lisboa há 6 anos, percebi que deixei escapar um negócio de uma vida. Mas não... porque nós não somos assim. Nós ajudamos sem pedir nada em troca. Nós gostamos de acolher genuinamente. 



- "Pseudo-guias"
Em Marrocos, existem "pseudo"-guias que te abordam na rua perguntando se queres ajuda. E quando dás por ti estás metido numa medina (cidade antiga aka labirinto) com ruas estreitíssimas e a depender daquela pessoa para sair dali. Portanto, ou pagas. Ou pagas. Os marroquinos não são agressivos, nem violentos. Mas pode acontecer, eventualmente, deitarem uma mãozinha na tua carteira quando não lhe deres o valor pedido para sacar aquela notinha mais gordinha lá do fundo. 

- "Vamos a uma lojinha com artesanato marroquino"
E depois, é todo um esquema de compadrio ao nível de um negócio turístico de alto nível (sóquenão). "Eu levo te à praça, mas antes vamos ali a uma lojinha com uns tapetes muito bonitos". Depois de estar dentro da loja, e dizer mil vezes que não queria nada. Tive que pôr a minha pior cara e dizer: EU SÓ QUERO IR PARA A PRAÇA! 
Esta história do compadrio vai o nível do porteiro de um hotel de 5 estrelas-taxistas.

- "Estás no caminho errado!"


Continuando no assunto "esquemas"... Vais a andar pela rua em direção a determinada atração turística, quando vem um sujeito de bicicleta ou a pé e diz-te que estás a caminhar na direção errada e que se lhe pagares, ele ensina-te o caminho correto. Hm Hm. 
(se estás no meio da medina de Marrakech, mais vale perderes amor ao dinheiro e pagares a alguém. Nenhum gps ou mapa te vai conseguir ajudar.)

- "Quer táxi?"
Eu já sabia que andar no meio dos souks (mercados) poderia não ser uma experiência muito silenciosa e agradável porque os vendedores plantam-se à porta das barraquinhas a impingir peças. Tudo bem. Agora, o que eu não sabia é que o mesmo acontecia na rua. No meio da rua. Pelos taxistas. A toda a hora. Tipo "Dá para andar na rua descansada?". Não, não dá. Cheguei a uma altura da viagem, que desisti de andar na rua e fui visitar a cidade num coche, só para não ter que ouvir mais taxistas a interpelarem-me na rua. 




Cobras
- Este tópico tem por base alguma inocência E IDIOTICE da minha parte. A Marta gostava muito de tirar uma foto com uma cobra na praça Jemma El Fna. Não tenho medo de cobras (até certo ponto!)  e gostava de assistir à cena romântica das cobras a subirem das cestas encantadas pelas flautas. Até aqui tudo bem. Peguei as cobras e o meu namorado ficou a kms de distância a tirar-me fotos porque tem medo. Respeito. Mas os senhores, tãooo queridos que foram, insistiram com ele para se juntar a mim e tirarmos uma foto juntos com as cobras. Porque era muito giro. E ficava para sempre. Que queridoos, não foram? O D. ficou um metro atrás de mim e nem chegou perto das cobras. 
Mas no final "40€ cada um, por favor". 
Como? Quanto? Onde? Eu não roubei ninguém. 
Falhei aquele tópico essencial das aulas pré-Marrocos: negociar sempre o preço previamente! Não cometam o mesmo erro, por favor.









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Autoria

Autoria
Ana Marta Amaro

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